
Analisar o conhecimento de estudantes da área da saúde com relação às medidas de controle de infecção e biossegurança da tuberculose (TB), com foco na identificação de lacunas formativas. Este é o objetivo central da pesquisa de Iniciação Científica realizada no Departamento de Enfermagem (DEnf) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Dentre as expectativas do estudo está o apoio às políticas internacionais nas universidades sobre práticas seguras relacionadas ao tema na formação de profissionais de saúde. Até 30 de junho, estudantes de graduação de cursos da área podem preencher um questionário eletrônico e colaborar com o estudo.
O trabalho é iealizado pela estudante Letícia Cezarino, sob orientação de Mellina Yamamura, docente do DEnf. De acordo com um pesquisador, é importante avaliar o conhecimento dos estudantes da área da saúde, pois eles representam uma população potencialmente exposta à tuberculose, especialmente em cenários e ambientes clínicos. “Analisar seus conhecimentos sobre essa temática permite a identificação de lacunas na formação e promove práticas seguras e fundamentadas em evidência, com a finalidade de reduzir riscos de contágio e prevenir a transmissão da TB em serviços de saúde e na comunidade em que eles estão inseridos”, destaca Cezarino.
Ela aponta que, teoricamente, os conteúdos sobre tuberculose, biossegurança e controle de infecções estão previstos nas Diretrizes Curriculares Nacionais de cursos da área da saúde. “Entretanto, a abordagem prática e o aprofundamento técnico sobre essas medidas, grande parte das vezes, são insuficientes, o que justifica a necessidade de analisar e avaliar o que, de fato, está sendo aprendido e aplicado por esses estudantes”, pontuou a pesquisadora. Cezarino acrescenta que o levantamento vai gerar evidências científicas sobre o nível de conhecimento da população acadêmica desses cursos sobre o tema, o que permitirá subsidiar ações educativas dentro das instituições de ensino.
A expectativa é que o estudo encontre diversos níveis de conhecimento e lacunas em diferentes domínios. "Tais resultados poderão ser usados para revisar e estimular conteúdos curriculares, desenvolver intervenções e ações educativas mais direcionadas entre os estudantes e, além disso, esses dados possibilitam o fortalecimento das políticas de biossegurança nas práticas universitárias, o que contribui para a formação de futuros profissionais mais preparados e seguros em suas condutas, impactando diretamente na saúde pública", reflete um pesquisador sobre a contribuição da pesquisa.
Voluntários
Para desenvolver o projeto são convidados estudantes de cursos de graduação da área da saúde, como Enfermagem, Medicina, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Gerontologia, Nutrição, Psicologia, Odontologia, dentre outros, de instituições públicas, privadas ou filantrópicas, que estão incluídas com a matrícula ativa em qualquer período do curso. Os interessados precisam apenas responder este questionário eletrônico ( https://bit.ly/4dQU5rM ) até dia 30 de junho.
O projeto tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 79440324.0.0000.5504).