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domingo, 15 de junho de 2025
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USP São Carlos sedia pela 10ª vez a etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica

Com 200 equipes inscritas, o evento coordenado pelo ICMC reunirá jovens estudantes nos dias 14 e 15 de junho para desafios práticos de tecnologia aplicada à robótica; a entrada é gratuita

07 Jun 2025 - 14h59Por Da redação
 Equipes com melhor desempenho em São Carlos garantem vagas na final estadual, prevista para acontecer dia 23 de agosto, no Centro Universitário Barão de Mauá, em São Paulo (crédito da imagem: ICMC) - Equipes com melhor desempenho em São Carlos garantem vagas na final estadual, prevista para acontecer dia 23 de agosto, no Centro Universitário Barão de Mauá, em São Paulo (crédito da imagem: ICMC) -

Na década ada, São Carlos abraçou um projeto que, ano após ano, transformou vidas, escolas e futuros. Em cada edição da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), o município e sua região viram nascer talentos, despertar vocações e acender a chama da curiosidade científica em milhares de jovens. Nos dias 14 e 15 de junho, a USP São Carlos será a sede da 10ª etapa regional da competição, que se consolida como um dos principais eventos de incentivo à ciência e tecnologia entre estudantes do ensino fundamental, médio e técnico.

Coordenada pela professora Roseli Romero, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, a etapa é aberta aos visitantes com entrada gratuita. O público poderá acompanhar de perto a modalidade prática de resgate, que desafiará 200 equipes com alunos dos ensinos fundamental, médio e técnico de São Carlos e região, dos sete aos 17 anos.

Em 2025, a etapa de São Carlos conta com aumento de 11% em relação ao número total de equipes inscritas no ano ado, quando 180 vezes participaram. Os 200 times inscritos este ano representam mais que o dobro da primeira edição, quando 99 equipes foram registradas nesta regional.

Segundo Roseli, aproximadamente 8 mil alunos aram pela etapa regional ao longo desses dez anos, muitos dos quais estão hoje cursando universidades na área de ciências exatas. “Já tivemos equipes que chegaram à final nacional da OBR”, destaca a professora.

Ela explica que o sucesso da OBR em São Carlos foi sustentado por uma rede de incentivo à ciência e à robótica: “Para montar a competição por 10 anos, foi necessário contar com o apoio do Departamento de Ciências de Computação (SCC) do ICMC, da infraestrutura do ICMC e da Escola de Engenharia de São Carlos, de alunos de graduação e de pós-graduação do campus e também de patrocinadores. todas as pessoas que contribuíram para esse feito.”

Como será a disputa – A OBR tem como objetivo transformar a robótica educacional em um tema ível e estimulante dentro da sala de aula, com a intenção de descobrir jovens talentos e atualizar o processo de ensino e aprendizagem brasileiro. Trata-se de uma forma de apresentar um mundo de possibilidades para os alunos, uma porta de entrada para as carreiras científico-tecnológicas.

Assim como ocorreu em 2024, as equipes que participam da disputa são formadas por, no mínimo, dois alunos e, no máximo, quatro estudantes. Também é comum, para cada vez, a participação de um professor ou técnico, vinculado ou não a uma instituição de ensino.

Durante uma competição, os participantes são desafiados a demonstrar a eficácia de seus robôs independentes (sem operação remota ou direta). Há juízes que avaliam o desempenho, levando em consideração a qualidade da programação robótica, a estratégia de navegação planejada e a capacidade de criação de soluções práticas em tempo real.

A etapa regional da OBR em São Carlos será dividida em dois níveis de disputa, organizados de acordo com a escolaridade dos participantes. O nível 1 é voltado para alunos do 1º ao 8º ano do ensino fundamental, enquanto o nível 2 contempla estudantes do 8º e 9º ano do ensino fundamental e todos os alunos do ensino médio ou técnico.

A principal diferença entre os dois níveis não é o grau de dificuldade dos desafios práticos. No nível 1, o robô independente deve realizar uma missão de resgate simulada, em que precisa encontrar uma vítima em meio a obstáculos diversos, como curvas, rampas, terrenos irregulares e áreas de difícil o — tudo isso sem qualquer controle remoto.

Já no nível 2, a complexidade aumenta significativamente. Além de localizar a vítima, o robô deve resgatá-la e transportá-la com segurança até uma área que simula um hospital. Para isso, é preciso superar caminhos sem saída, terrenos desconhecidos, desvios obrigatórios e trechos nos quais a rota não pode ser previamente especificada, exigindo decisões rápidas e estratégias mais sofisticadas. Essa dinâmica torna a prova ainda mais desafiadora, exigindo dos alunos um domínio maior da lógica, programação e engenharia aplicada.

As equipes com melhor desempenho nas etapas regionais garantirão vaga para a etapa estadual da OBR, prevista para acontecer dia 23 de agosto, no Centro Universitário Barão de Mauá, em São Paulo. Já os destaques da fase estadual seguirão para representar o Estado na final nacional da OBR, que acontecerá de 13 a 19 de outubro, na cidade de Vitória, no Espírito Santo.

Curso preparatório – Para apoiar a preparação das equipes e estimular novos talentos, o ICMC disponibilizou um curso preparatório voltado para estudantes do ensino fundamental I e II, médio e técnico, com foco na montagem de robôs e em noções básicas de programação. As aulas também incluíram aplicações práticas, proporcionando uma vivência direta dos desafios que os alunos enfrentarão na competição.

Coordenado pela professora Roseli, o curso foi ministrado por Raphael Montanari, mestre em Ciências de Computação e integrante do Centro de Robótica (CROB) da USP, e por Eliel José de Souza Francoso, estudante da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). A edição atual do curso preparatório termina no sábado, dia 7 de junho, praticamente às vésperas do início oficial da etapa regional, oferecendo aos alunos a chance de chegar à competição com mais segurança e conhecimento técnico.

A etapa em São Carlos da OBR 2025 conta com o apoio do Departamento de Ciências de Computação (SCC) do ICMC, da EESC, do Centro de Robótica (CROB-USP) e da Prefeitura do Campus de São Carlos da USP.

Da assessoria

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